Pensamentos e imagens de crianças em tempos de pandemia
Quando eu tinha cinco, seis anos de idade eu estava brincando em casa e estudando na periferia de Belo Horizonte. Era época de ditadura militar no Brasil, tempo de carestia, de falta de horizonte. Passou!
Quando eu tinha seis anos eu quebrei o braço direito e precisei das mãos da minha mãe para os escovar os dentes. Ela não se lembra disso, mas tudo bem.
E como é ter cinco, seis anos em meio a uma pandemia? O que é que passa pelas crianças, seres tão sensíveis, em momentos tão complexos?
O que é para uma criança olhar para os olhos dos pais e ver a atual geração encurralada e ameaçada não pela bomba atômica ou pelas armas químicas dos ditadores, mas sim por uma microscópica proteína coberta de finíssima camada de gordura, um vírus?
Aqui em casa, com a pequena Dora, para darmos conta desses momentos tão desafiantes foi preciso muita conversa, muitos abraços e beijos, alimentação saudável, yoga, meditação, zumba, ballet (para movimentar tudo dentro), histórias e mais histórias lidas e inventadas em todo canto e na hora de embarcar nos braços do sono, desenhos, recortes, colagens, tele-aulas e imaginação solta.
Daí veio uma ideia depois outra a partir das observações das novas regras dos novos dias, uma palavra se juntou a outra e formou frases, os desenhos foram tomando as páginas do papel e PUFF, essa história de um cotovelo amigo passou a nos acompanhar dias e noites.
Como um acalento no coração de cada um de vocês, nossa singela contribuição para essa troca vai em forma desse livro cheio de amor que batizamos de “O Cotovelo Kovid”.
É uma história cheia de imaginação que pode ajudar crianças, mães, pais, familiares, professoras e professores a lidar com as dificuldades de forma lúdica.
As crianças são o futuro imediato e é com elas, juntos, que vamos (ter que) re-viver “pensamentos e práticas à procura de novas primaveras”.
Com carinho, de Dora e Wagner
Saiba mais do livro aqui: www.aquarelabrasileira.com.br/o-cotovelo-kovid