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A liberdade é azul.
Meu sangue é vermelho.
Oxossi é verde.
O futuro amarelo.
A noite escura.
A vontade é multicolor, de leão!
Poema em elaboração, de Wagner Merije
“Nem chão nem céu, São Paulo arranha a boca do meu céu, amassa e confunde o meu papel, me cresce, meu futuro envelhece, nem amanhã nem antes, cidade em transe, city in trance”
“Nem chão nem céu” – poema inédito, em elaboração, de Wagner Merije
“São Paulo parece uma cidade do futuro que envelheceu.” – Wim Wenders, cineasta alemão.
Quer conhecer um pouco mais da Cidade em Transe?
O filme ‘Obra’ faz retrato ‘semi-apocalíptico’ de São Paulo. Leia aqui
Veja o trailer do filme aqui
E Marku Ribas brilha nas tela! Salve parceiro!
MÚSICA E AMIGOS
É emocionante quando a gente encontra uma matéria em um jornal de grande visibilidade falando que as melhores músicas do disco do seu amigo são aquelas em parcerias com você.
Maior orgulho de ter criado A CAMINHO DO MAR e VARANDA com o amigo Kiko Klaus.
O HOMEM, O MITO Raul de Souza, trombonista reconhecido em todo o mundo, um dos pais da Bossa Nova e do Samba Jazz, lendo CIDADE EM TRANSE, meu novo livro.
Em uma visita à casa do mestre, o presentei com o livro, que logo entrou para o seu “altar”, onde o santo John Coltrane e Saint Germain emanam boas energias.
Já leu o livro?
O Brasil precisa de educação. O Brasil é grande e bonito. Quando se junta a educação com a literatura, então a gente descobre que a grandeza do Brasil é ainda maior.
E se você quer conhecer esse Brasilzão, precisa conhecer mesmo, precisa conhecer Bonito, no Mato Grosso do Sul.
“No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz:
Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta,
que é a voz de fazer nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.”
(Manoel de Barros, em “O Livro das Ignorãças”)
No dia 8 de julho de 2015 foi aberta a 1ª Feira Literária de Bonito (Flib), um evento grandioso em receptividade e marcante para todos os que participaram, público, oficineiros, leitores, autores e artistas de renome regional e nacional.
O homenageado foi e é o poeta Manoel de Barros, que inspirou a temática: “Literatura: o Delírio da Palavra”.
Sob a benção das Piraputangas Rainhas de Bonito, sob o céu incrível do lugar, na inspiração da cabeça de grandes escritores e criadores, com um gole da cachaça local e a música dos espíritos da floresta, o vôo das palavras se tornou profético e amplioso, como diria Manoel.
Bem organizada, bem-vinda e celebrada, “a Flib começa a construir um evento importante no calendário de Bonito, projetando ainda mais o nome da cidade no roteiro turístico do Brasil.” Sem esquecer de envolver, é claro, a sua população local, especialmente os educadores e estudantes, que participaram ativamente.
Foi um belíssimo “momento de atualização e construção do saber, de reflexões e de tomada de consciência.” A programação contou com importantes palestras e mesas-redondas, além de oficinas especialmente pensadas para professores, universitários e alunos do ensino médio, como “Torpedos – literatura na ponta dos dedos”, ministradas por Wagner Merije, entre outras;
atividades lúdicas com crianças dos ensinos infantil e fundamental, integrando literatura e meio ambiente; lançamentos de livros e conversas com os autores; projeção de filmes de curta-metragem; e performances, intervenções, instalações, declamações, teatro e música integrados à literatura. Todas as atividades da Flib foram gratuitas.
Na ocasião, o escritor Wagner Merije fez o lançamento de seu mais recente livro, o romance “Cidade em transe” (Aquarela Brasileira livros).
Foi uma importante oportunidade para valorizar as raízes, tradições e histórias do fértil imaginário do Mato Grosso do Sul, conhecer seus bons escritores e estar próximo de sua gente boa.
Para além das letras e dos livros, Bonito é um lugar para ser descoberto entre a floresta, na beira dos rios onde os peixes boiam como curiosos à beira d’água, nas grutas e na paisagem das estradas que só aquela região tem, nos seus mistérios e fronteiras com o Paraguai e a Bolívia.
Acaba não mundão, que muitas Flibs virão!
“Chão de mármore
Um céu infinito
Tinha araras nas árvores
Quando cheguei em Bonito
O meu suor se fez pão e vinho letra destino”
(Wagner Merije)
Acompanhe Flib: www.flibonito.com.br
Paraty, Flip, a escrita tem asas e Wagner Merije é um dos convidados especiais da Off Flip 2015.
O escritor lançou seu novo livro, CIDADE EM TRANSE, participou de saraus e encontrou leitores do Brasil e de outros países.
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Lançamento dos livros Cidade em transe e Eu Cowboy
Os autores Wagner Merije e Caco Ishak possuem trajetórias parecidas. Ambos já publicaram livros de poesia, mas resolveram estrear em outro gênero literário: o romance. Eles contarão um pouco dessa nova experiência ao público.
A mediação da mesa é do poeta Caio Carmacho.
Dia: 02/07/2015, quinta-feira
Horário: 16h30
Local: Van Gogh (Rua Dr. Samuel Costa, 22 – Centro Histórico, Paraty/RJ)
Picareta Cultural + Haicai Combat
Oitava edição do sarau mais tradicional da OFF Flip. Poesia, música e cachaça para todos. Participam Mano Melo, Leo Gonçalves, Allan Dias Castro, Juliana Bernardo, Caco Ishak, Emerson Alcalde, Cris Rangel, Erre Amaral, Cintia Luando, Laura Castro, Márcio Junqueira, Matheus José Mineiro, Felipe Rey, Tiago Malta, Thiago Peixoto, Luis Turiba, Rita Barros, Pedro Stkls, Victor Rodrigues, Fred Girauta, Wagner Merije, Caio Carmacho, Caco Pontes, Nelson Maca, João Sobral, Carlos Mambucaba, Gringo Carioca, Macumbazz, entre outros.
Abertura do evento: Haicai Combat – O micro slam poético.
Idealizado por Marcos Bassini e Yassu Noguchi, o Haicai Combat é um desafio entre poetas, que deverão recitar poemas autorais curtos.
Cada poeta leva 3 poemas curtos para duelar nas três etapas (eliminatória, semifinal e final). Os poemas devem seguir a forma do gênero haicai ou ser compostos por no máximo 4 versos livres e curtos. Ao final das etapas, é escolhido um vencedor que receberá prêmios especiais.
Dia: 04/07, sábado
Horário: 20h
Local: Van Gogh (Rua Dr. Samuel Costa, 22 – Centro Histórico, Paraty/RJ)
Flip 2015 homenageia Mário de Andrade
Um autor para o século 21
A obra e a vida de Mário de Andrade ajudaram a moldar a cultura brasileira – entre os frutos indiretos de sua atuação estão, por exemplo, a preservação da cidade de Paraty e a própria Flip, que guarda muito de seu espírito irrequieto, festeiro e articulador. Nada mais justo que, em sua 13ª edição, a Festa Literária Internacional de Paraty homenageie o autor paulista, morto prematuramente em fevereiro de 1945, cuja vida e obra ainda iluminam o Brasil do século 21. A Flip acontecerá entre 1 e 5 de julho.
Poeta, romancista, crítico musical, gestor público, folclorista, agitador cultural – Mário foi, como diz seu celebrado poema, “trezentos, trezentos e cinquenta”. Se muito de seu legado hoje está assimilado – antropofagicamente, para usar a expressão de seu companheiro (e mais tarde desafeto) de geração Oswald de Andrade –, Mário trouxe questões centrais para novos debates sobre o país, a vida cultural e a literatura. Cultura popular e indústria cultural, patrimônio material e imaterial, fala brasileira e língua escrita, cultura indígena, literatura, identidade e gênero, a sua vida e obra parecem ter antecipado discussões atuais, que a Flip pretende pautar e atualizar em sua edição 2015.
(cartum de Alexandre Benoit)