…
tudo que acredito é como um sonho
não passa disso
um sonho risonho como encontrar amor
na beira do precipício
acho que estou a precisar
de uma mão
alguém para me agarrar
e não largar mais não
sei que posso estar enganado
me preocupo com isso
mas no meio da noite
quando acordo assustado
está lá o precipício
com uma xícara de café doce
a me oferecer
tomo calado até meu palato doer
porque ainda tenho juízo
mas por favor não venha me julgar
primeiro olhe para o lado
e veja o monstro a rastejar
no seu umbigo
depois me diga que cara tem isso
porque tudo que eu sonho é incompleto
repleto de infinito
Um poema em processo de Wagner Merije
Coimbra, 26/10/2020
Tags: aquarela brasileira, Língua Portuguesa, literatura, poesia, wagner merije