Sou negro
Mas não sou escravo
Ando trôpego
Mas não sou cambaio
Chibata, castigo pesado
Não vem pro meu lado
Sou negro
Mas não sou escuridão, sombra, negror
Longe de mim
Isso de cerração, trevas
Tristeza, melancolia
Sou lume
Perfume
Cardume
Cume
Volume
Pretume
Sou negro sim senhor
Mas sou livre
Poema do livro “Viagem a Minas Gerais” – Wagner Merije
A escravidão ainda não acabou!