HORIZONTES BELOS (retirado do livro “Turnê do Encantamento”)
Depois das pontes
Além das linhas que separam
Os horizontes belos dos belos horizontes – (Social Apartheid)
Tem gente vivendo
Gente pensando
Pessoas se organizando
Para contar suas histórias
Suas misérias e suas glórias
Nas ruas íngremes da periferia
Nas ladeiras da zona sul
Novas pontes
Para levar a vida a novos horizontes
Fora do eixo, além do céu azul
Criando novos desejos
De conciliar o melhor dos mundos
Da raiz ao futuro
Essa é minha identidade, multifacetada, ainda em formação
Uma cidade sem cara, mas com cara de índio, de branco, de negro
Potência de verdade, milagre, triunfo da invenção
Esse é meu passaporte, o que eu sou é a soma do que represento em evolução
Não sei se sina ou sorte, de onde vim pra onde vou é parábola de missão
Um passo à frente, por favor, para onde for, leve amor no coração
Da Cidade Jardim à Cidade Nova
O mundo dá muitas voltas
Eu sou a prova
Como tantos iguais a mim
Muitos caminhos para seguir
Da Cidade Nova à Cidade Jardim
E de um Belo Horizonte para outros horizontes belos do mundo
De um Belo Horizonte para outros horizontes belos