Pela estrada afora
a morte segue seu caminho
sem pressa, sem hora
sempre deixando alguém sozinho
E por isso ela ri
pra dentro, em silêncio
opositora do por vir
eliminadora do bom senso
Não há nada de novo com a morte
não há nada de novo, é certo
De oeste a leste, sul ao norte
ela está sempre por perto
De frente pra ela
libero minha curiosidade:
tem sentido, mazela?
Qual a sua necessidade?
Repentina ou premeditada?
Aleatória ou calculada?
Justa ou desequilibrada?
Violenta ou delicada?
Não há nada de novo com a morte
não há nada de novo, é certo
De oeste a leste, sul ao norte
ela está sempre por perto
O sono da morte
eu quero evitar
guardar-me forte
pra vida brindar
Encarar de frente
não dar colher de chá
viver o presente
e os sonhos reinventar
Não há nada de novo, senão a vida
(poema em elaboração, de Wagner Merije)
(Em memória de Nayara, uma menina linda, alegre, forte, vitoriosa, que a morte indelicadamente roubou a vida aos 30 anos, deixando 2 filhos pequenos. Nayara virou um anjo.)
Não há nada de novo com a morte
Não há nada de novo com a morte
Não há nada de novo com a morte