- Foto: Merije
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Ele é o cara! Raul de Souza, um dos maiores músicos do mundo!
Nessa matéria ele fala de seus projetos para esse ano em que comemora 60 anos de carreira e 80 de vida.
Tem um depoimento do Wagner Merije, sobre os projetos em que está envolvido com Raul de Souza.
Leia na íntegra aqui
Quem viaja sem saber
O que esperar
Da cidade que encontrará
Ao final do caminho?
Quem viaja sem saber?
Aonde quer chegar? Aonde vai chegar?
Cada pessoa tem uma cidade em mente
Feita exclusivamente de diferenças
Uma cidade sem figuras e sem forma
Preenchida pelas cidades particulares
Empurre as fronteiras da imaginação
Para além de qualquer saara
A cidade não conta o seu passado
Ela o contém como as linhas da mão
Escrito nos ângulos das ruas, nas grades
Nas janelas, nas antenas e nos corrimãos
Quem viaja sem saber
O que esperar
Da cidade que encontrará
Ao final do caminho?
No centro da minha cidade imaginária
Você será circundado por desejos
Que se despertam simultaneamente
A cidade aparecerá como um todo
Nenhum desejo será desperdiçado
Lá se gozará de tudo o que não se goza
Em outros lugares
Lá vamos nos ocupar desse desejo
E nos satisfazer
Do livro “Viagem a Minas Gerais”
Qual o pássaro brasileiro que tem o canto mais bonito?
Me peguei pensando e fui pesquisar.
São muitos, o Brasil é rico demais também nessa área.
Aqui apresento o Uirapuru
O uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus aradus) é uma ave canora conhecida pelo seu canto particularmente elaborado, o que justifica que também seja conhecido vulgarmente como músico ou corneta. É reconhecido, também, apenas por uirapuru ou arapuru, guirapuru, rendeira, tangará ou virapuru. O termo é originário da língua Tupi-guarani “wirapu ‘ru” e aplica-se ainda a outros trogloditíneos e pipríneos amazônicos. É famoso pelo seu canto e pelas lendas que o envolvem. É usado como talismã para trazer sorte na vida e no amor, sendo empalhado ou utilizado a sua pele.
O seu habitat preferencial é o estrato inferior da floresta úmida, tanto em terra firme como, principalmente, em florestas de várzea. É nativo da América do Sul – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, – podendo ser encontrado em quase toda a Amazónia brasileira, excepto no alto Rio Negro e na região oriental do Rio Tapajós.
O uirapuru locomove-se rapidamente no solo ou no meio das folhagens. Pode formar casais ou ficar em conjunto com outras espécies de pássaros. Há uma lenda que diz que ele atrai bandos de aves com a sua bela melodia; entretanto, ele apenas integra bandos em busca de alimento. Seus voos são curtos e sussurrantes em movimentos de vai-e-vens (voa e volta para o mesmo lugar), em área limitada.
Fonte: Wikipédia
Está nas ruas a edição 01 do “Suave News” – Uma publicação de Cultura, Política e Moda!
Trata-se do jornal de lançamento do primeiro DVD do Flávio Renegado, parceiro da música e das lutas por cidadania de BH, que está brilhando pelo Brasil e o mundo.
Entre os colaboradores estão Joyce Pascowitch, Jean Wyllys, Lauro Lisboa Garcia, Carol Pascoal e Wagner Merije.
Entre viagens por Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, o jornal foi tomando forma e conteúdo e Wagner Merije assina como editor do projeto. A diretora-chefe é Danusa Carvalho.
A data que ficou pronto não podia ser melhor: 1º de Maio, Dia do Trabalho e do Trabalhador.
Está nas ruas do Brasil, com 30 mil exemplares de saída!
Ogunhê! Que faça um bom caminho!
Nas fotos: O jornal saindo quentinho da gráfica; Renegado e o radialista Tuti Maravilha; o deputado federal Jean Wyllys e Renegado
Encontrei circulando pela internet esta carta que o saudoso Caymmi enviou para o também saudoso Amado.
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“Jorge meu irmão, são onze e trinta da manhã e terminei de compor uma linda canção para Yemanjá, pois o reflexo do sol desenha seu manto em nosso mar, aqui na Pedra da Sereia. Quantas canções compus para Janaína, nem eu mesmo sei, é minha mãe, dela nasci.
Talvez Stela saiba, ela sabe tudo, que mulher, duas iguais não existem, que foi que eu fiz de bom para merecê-la? Ela te manda um beijo, outro para Zélia e eu morro de saudade de vocês.
Quando vierem, me tragam um pano africano para eu fazer uma túnica e ficar irresistível.
Ontem saí com Carybé, fomos buscar Camafeu na Rampa do Mercado, andamos por aí trocando pernas, sentindo os cheiros, tantos, um perfume de vida ao sol, vendo as cores, só de azuis contamos mais de quinze e havia um ocre na parede de uma casa, nem te digo. Então ao
voltar, pintei um quadro, tão bonito, irmão, de causar inveja a Graciano. De inveja, Carybé quase morreu e Jenner, imagine!, se fartou de elogiar, te juro. Um quadro simples: uma baiana, o tabuleiro com abarás e acarajés e gente em volta.
Se eu tivesse tempo, ia ser pintor, ganhava uma fortuna. O que me falta é tempo para pintar, compor vou compondo devagar e sempre, tu sabes como é, música com pressa é aquela droga que tem às pampas sobrando por aí. O tempo que tenho mal chega para viver: visitar Dona Menininha, saudar Xangô, conversar com Mirabeau, me aconselhar com Celestino sobre como
investir o dinheiro que não tenho e nunca terei, graças a Deus, ouvir Carybé mentir, andar nas ruas, olhar o mar, não fazer nada e tantas outras obrigações que me ocupam o dia inteiro. Cadê tempo pra pintar?
Quero te dizer uma coisa que já te disse uma vez, há mais de vinte anos quando te deu de viver na Europa e nunca mais voltavas: a Bahia está viva, ainda lá, cada dia mais bonita, o firmamento azul, esse mar tão verde e o povaréu. Por falar nisso, Stela de Oxóssi é a nova
iyalorixá do Axé e, na festa da consagração, ikedes e iaôs, todos na roça perguntavam onde anda Obá Arolu que não veio ver sua irmã subir ao trono de rainha?
Pois ontem, às quatro da tarde, um pouco mais ou menos, saí com Carybé e Camafeu a te procurar e não te encontrando, indagamos: que faz ele que não está aqui se aqui é seu lugar? A lua de Londres, já dizia um poeta lusitano que li numa antologia de meu tempo de menino, é merencória. A daqui é aquela lua. Por que foi ele para a Inglaterra? Não é inglês, nem nada, que faz em Londres? Um bom filho-da-puta é o que ele é, nosso irmãozinho.
Sabes que vendi a casa da Pedra da Sereia? Pois vendi. Fizeram um edifício medonho bem em cima dela e anunciaram nos jornais: venha ser vizinho de Dorival Caymmi. Então fiquei retado e vendi a casa, comprei um apartamento na Pituba, vou ser vizinho de James e de João Ubaldo,
daquelas duas ‘línguas viperinas, veja que irresponsabilidade a minha.
Mas hoje, antes de me mudar, fiz essa canção para Yemanjá que fala em peixe e em vento, em saveiro e no mestre do saveiro, no mar da Bahia. Nunca soube falar de outras coisas. Dessas e de mulher. Dora, Marina, Adalgisa, Anália, Rosa morena, como vais morena Rosa, quantas outras e todas, como sabes, são a minha Stela com quem um dia me casei te tendo de padrinho.
A bênção, meu padrinho, Oxóssi te proteja nessas inglaterras, um beijo para Zélia, não esqueçam de trazer meu pano africano, volte logo, tua casa é aqui e eu sou teu irmão Caymmi”.
Abaixo uma das minhas músicas preferidas do maestro e professor Caymmi, “Dora”:
O “Sarau Suprasensorial” ganhou a Avenida Paulista.
O “Sarau Suprasensorial” é uma celebração da poesia e dos encontros de linguagens artísticas.
Em suas edições já se apresentaram poetas, escritores, músicos, atores, artistas visuais e convidados da plateia, com o microfone sempre aberto.
A proposta do “Sarau Suprasensorial” é levar ao público o conceito de suprasensorialidade, que teve, entre outros precursores, o finado artista plástico Helio Oiticica.
Literatura, música, performance, cenário, projeções, cheiros, tudo é dirigido aos sentidos do indivíduo para desaliená-lo do condicionamento do cotidiano. Sensações. O público é convidado e estimulado a fazer parte do espetáculo, recitando, cantando, dançando, criando e celebrando a arte de todos.
Trata-se de uma proposição estética e filosófica a partir de um novo comportamento perceptivo: “dilatar a consciência do indivíduo” não mais através do intelecto mas da vivência da liberdade. A passagem de uma participação “simples e estrutural”, para uma participação “sensorial” desemboca na própria vida diária. Interessa o comportamento, isto é, levar os indivíduos a exercer sua liberdade. Esta vivência a ser estimulada, é um instante “criador”, “livre. A vivência do instante sinaliza o início do “suprasensorial”. O suprasensorial (arte ou antiarte) é uma manifestação de caráter coletivo. O suprasensorial é consciente, amoroso, compartilhador.
Em cada edição é definido um tema ou um encontro de autores ou a celebração de algum autor ou obra, sempre com espaço para o novo e o inesperado.
Já realizado em vários espaços de São Paulo e Belo Horizonte, o “Sarau Suprasensorial” é apresentado pelo escritor, jornalista e compositor Wagner Merije, com produção executiva da educadora e atriz Roberta Scatolini.
A primeira edição na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Av. Paulista, 37, São Paulo), no dia 16/04/2014, foi um sucesso, com participação de convidados ilustres e microfone aberto.
Confira algumas fotos
Arte: Rômulo Garcias
Comentários dos participantes no facebook
Foi simplesmente uma noite maravilhosa, inesquecível!
O lançamento do livro “Viagem a Minas Gerais”, de Wagner Merije, na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Av. Paulista, 37, São Paulo), no dia 16/04/2014, foi um sucesso!
Na ocasião aconteceu mais uma edição do Sarau Suprasensorial, com participação de convidados ilustres e microfone aberto e o resultado foi uma confraternização poética muito marcante para todos os presentes!
Confira as fotos
Vlog do Wagner Merije